Dep Dra Silvana (PMDB) |
A deputada Dra. Silvana (PMDB) pediu, em pronunciamento no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (30/09), apoio ao projeto de indicação, de sua autoria, que pretende criar a residência médica para cirurgias bariátricas, realizadas em pacientes com obesidade mórbida.
De acordo com a parlamentar, a obesidade mórbida é um distúrbio metabólico que foge ao controle do paciente. “Tivemos audiência pública na Assembleia, em que se falou que essa é uma especialidade de difícil qualificação”, lembrou. Dra. Silvana observou que são necessários mais profissionais para reduzir as filas. Mas, segundo a deputada, não há vaga no Estado para a formação de especialistas, e hoje a fila de espera é de 10 anos. “Provavelmente, o paciente já terá morrido antes de ser atendido”, acrescentou.
A deputada frisou que há uma enormidade de doenças relacionadas à obesidade mórbida. “As enfermidades de controle mais difícil são as de pessoas obesas. São pessoas com diabetes, angina, hipertensão e problemas nos membros inferiores. Dificilmente se cura uma úlcera em um obeso mórbido”, observou.
Dra. Silvana avalia que, se os profissionais existentes não forem capazes de fazer discípulos, a especialidade se extinguirá. “Peço ao Governo do Estado e à Secretaria de Saúde que seja bem acolhido o projeto de indicação. Não acredito que os profissionais estejam com medo de concorrência com a formação de novos profissionais. Não podemos continuar importando os especialistas de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia”.
A deputada também fez a defesa da Controladoria Geral da União (CGU), que, segundo ela, estaria ameaçada de rebaixamento do status de ministério. Dra. Silvana frisou que a construção da democracia depende de instituições que participem também da fiscalização do emprego de verbas públicas. A parlamentar leu o manifesto do ex-controlador Francisco Waldir Pires de Sousa, que faz a defesa do órgão.
Em aparte, o líder do Governo, Evandro Leitão (PDT), disse que a CGU não pode ser extinta nem perder o status de ministério. “A fiscalização é importante para a sociedade brasileira. Tentamos trabalhar de forma correta, precisamos ter um braço como o da Controladoria. Esperamos que a CGU não seja extinta”, pontuou.
O deputado Roberto Mesquita (PV) avaliou que a redução do status seria uma forma de esvaziar o órgão. Os próprios municípios passaram a se organizar melhor após a ação da CGU, com medo das fiscalizações. “Se o órgão for extinto, as prefeituras voltarão ao estágio anterior, quando não havia controle das contas públicas”. A deputada Fernanda Pessoa (PR) também destacou a importância da CGU na fiscalização dos investimentos públicos.
JS/AT
Foto: Máximo Moura
Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
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