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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Dra. Silvana é contra lei que muda regras para compra de armas de fogo

Dep Dra Silvana (PMDB)
A deputada Dra. Silvana (PMDB) disse, no primeiro expediente da sessão plenária da ultima quarta-feira (04/11), ser contra o projeto de lei, aprovado na Câmara Federal, que procura facilitar a aquisição de armas de fogo pelo cidadão brasileiro.

Para a parlamentar, é dever do Estado e não do cidadão estar se municiando, com a alegativa de ficar  mais seguro. “Sou contra, acho que o Estado é que tem que fazer cumprir seu papel”, afirmou. A deputada defendeu a “luta por um País pacífico e cristão.”

Na opinião da Dra. Silvana, é mais fácil para um bandido tomar a arma de um cidadão, com perfil psicológico de possuir uma arma de fogo, por estar mais preparado para praticar o delito.

A peemedebista entende que ao facilitar o porte de armas ao cidadão,  além de gerar mais violência, vai dar margem também para acidentes com crianças com algum problema mental ainda não descoberto, “fazendo com que peguem a arma dos pais e saiam matando 20, 30 pessoas”, a exemplo dos Estados Unidos”.  Dra. Silvana acredita que a retorno ao debate é uma forma “desviar o foco de que nosso País está falido.”

Em aparte, o deputado Ely Aguiar (PSDC) endossou o discurso da peemedebista, afirmando que o debate de se colocar a arma na mão do cidadão em função da inoperância do Estado não é o melhor caminho. Para o parlamentar, cabe ao Estado brasileiro garantir a devida segurança  e fechar as fronteiras. “É um temeridade a gente andar por este caminho“, avaliou. De acordo com Ely Aguiar, o Governo precisa é aumentar e valorizar efetivo policial civil no Estado, que tem uma defasagem de sete mil homens.

Para o deputado Roberto Mesquita (PV), “temos que afastar para longe algo próximo do incitamento da violência”. O parlamentar disse que não consegue pensar “que estimulando compra de armas se consiga algo parecido com paz”.

O deputado João Jaime (DEM) destacou a falência da segurança no Brasil, em razão da falta de política para o setor em nível Federal e estadual. “A política de segurança nos estados está falida”, disse, ressaltando os altos índices de criminalidade, sobretudo no Ceará. “E a gente a pressão na sociedade e nessa fragilidade entra o interesse das indústrias de armamento”, acrescentou.

Para o deputado Carlos Felipe (PCdoB), é preciso regular a entrada de armas no Brasil e a capacidade de controlar o ingresso de drogas no País. O parlamentar entende que é necessária uma força tarefa, uma ação mais enérgica do Governo Federal.

“Temos que ser justos: a nova lei não pretende facilitar a compra de uma arma. Não podemos mistificar como se fosse qualquer pessoa que vá ter a condição de comprar uma arma”, contestou o deputado Audic Mota (PMDB). Segundo o parlamentar, o que está sendo discutido é que o cidadão, reconhecido pelo Estado, através de critérios rigorosos, possa andar armado ou até mesmo possuir uma arma. “Não é porque o cidadão vai andar armado que vai impedir o bandido”, acrescentou.
LS/AT

Foto: Máximo Moura
Fonte: Agência de Notícias da Assembléia Legislativa

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