Dra. Silvana defende abertura de processo de impeachment de Dilma Rousseff

Dep Dra Silvana (PMDB)

A deputada Dra. Silvana (PMDB), em pronunciamento durante o primeiro expediente da sessão plenária desta quinta-feira (03/12), fez a defesa da análise do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. De acordo com ela, o impeachment é um instrumento “legítimo e garantido pela Constituição Federal”. “Impeachment não é golpe. Golpe é fechar os olhos e fingir que está tudo bem quando não está”, pontuou.

De acordo com ela, o Governo Dilma Rousseff “enganou a população” desde sua campanha eleitoral. “Eles enganaram a população ao dizer que, caso qualquer outro candidato fosse eleito presidente, os programas sociais iriam acabar e o caos seria instalado no Brasil”, afirmou ela, ressaltando que “isso sim é golpe”.

Silvana ressaltou que não defende o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para a peemedebista, “se ele for culpado das acusações de corrupção, ele deve ser punido da maneira adequada”.

Para a parlamentar, o pedido de impeachment em nada ameaça a democracia.

Em aparte, os deputados Leonardo Araújo (PMDB), Roberto Mesquita (PV) e Danniel Oliveira (PMDB) elogiaram o discurso de Dra. Silvana.

De acordo com Leonardo Araújo, tanto Dilma Rousseff quanto Eduardo Cunha devem ser afastados de seus cargos. Para o parlamentar, ambos estão “escondendo seus erros apontando o dedo um para o outro”.

Roberto Mesquita complementou que as atitudes dos dois “acusados” estão “enlameando a política nacional”. Em contrapartida, ele elogiou a postura do PT, que, segundo ele, “se rebelou ao não ceder ao pedido de Cunha e votar pela sua cassação no Conselho de Ética da Câmara”.

Já Danniel Oliveira fez a defesa do PMDB, enquanto partido que “participou ativamente do nascimento da democracia no Brasil”. “Se estamos tendo a oportunidade de debater aqui hoje, é por causa do PMDB”, disse.

Sobre o impeachment, Danniel Oliveira afirmou que o processo será continuado a partir da defesa da própria presidente da República. “Se for comprovado que as acusações contra ela não procedem, então acabou. Mas, se sim, então teremos a oportunidade de passar o País a limpo e resolver todas as nossas questões”, acentuou.

PE/CG

Foto: Máximo Moura

Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa