No tempo de liderança e nas explicações pessoais da sessão plenária desta terça-feira (18/04) da Assembleia Legislativa, a deputada Dra. Silvana (PMDB) comentou sobre as delações da Odebrech, que têm sido divulgadas nos últimos dias, nos meios de comunicação. "Fiquei estarrecida com o sorriso natural de Emílio Odebrech durante as delações", afirmou.
A parlamentar disse que já subiu várias vezes na tribuna para defender a democracia, o voto livre. Ela criticou a reforma política, o voto distrital e a lista fechada. Segundo Dra. Silvana, tudo isso é para manter as pessoas que já estão poder.
A deputada defendeu a conscientização do eleitor na hora do voto. Para ela, a maior reforma que pode existir é a da consciência do eleitor, de saber votar. "Só vamos chegar a esse entendimento quando o País colocar a mão na consciência e perguntar: será que estou votando bem? Será que eu, como eleitor, não deveria estar na lista da Odebrech?", questionou.
Dra. Silvana disse ainda que não defende a intervenção militar, mas o choque de consciência do eleitor. Ela lembrou que o País está atravessando um período delicadíssimo e "que o momento não é de levantar a bandeira da Reforma da Previdência ou da Reforma Política, o momento é de lutar pelo voto livre, democrático".
A deputada lembrou que a compra de voto sempre vai existir se tiver eleitor que venda o seu voto. "O eleitor que vende o voto coloca o País de joelhos, como está ocorrendo agora. Quem vende o voto também faz parte da corrupção", defendeu.
Para Dra. Silvana, o modelo político brasileiro ainda é o melhor, porque permite que qualquer pessoa possa se candidatar e concorrer a uma vaga nas casas legislativas.
"Antes de qualquer reforma da Previdência, é necessário fazer uma auditoria nas contas da Previdência, e não ficar dizendo que o rombo da Previdência avança de forma megalomaníaca sem dados concretos. Só depois de uma auditoria e com novos representantes eleitos pelo povo será possível informar a população a verdadeira necessidade de uma reforma na Previdência", afirmou.
WR/AP
Foto: Máximo Moura
Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
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