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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Dra. Silvana comenta andamento da reforma política na Câmara

Dep Dra Silvana

A deputada Dra. Silvana (PMDB) lamentou, nesta quinta-feira (21/09), durante o primeiro expediente da sessão plenária, a não conclusão da Reforma Política na Câmara dos Deputados. 
  
Segundo ela, a falta de consenso em relação à proposta revela qual a real intenção dos parlamentares federais. “Nada aconteceu, os deputados federais, na contramão da vontade popular, agem raspando o finalzinho do tacho, usando as regras atuais para se beneficiarem nas eleições de 2018”, afirmou.
Na madrugada desta quinta-feira, apenas o texto-base foi aprovado. Para que as alterações passem a valer em 2018, a proposta tem que ser aprovada no Congresso até 7 de outubro.

Sobre a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir sobre o fim das coligações em 2018, caso a Câmara não vote, a parlamentar se mostrou contrária. “A reforma política tinha que acontecer era pelos deputados federais, sim. Não era para esperar que o Supremo viesse com a palmatória dizendo como tem que fazer”, contestou.

A deputada criticou votos em legenda para candidatos em coligações. “Você não pode votar num partido e eleger o candidato de outro partido. Não existe ideologia do jeito que está aí. Então não era para existir partido, pois se você vota num e elege candidato de outro partido, não é para ter nem bandeira de partido”, pontuou.

Em relação ao financiamento de campanha, a parlamentar acredita que a melhor opção seria o privado. Ela também defendeu que as empresas de comunicação deveriam ser obrigadas a ceder espaço em sua programação gratuitamente.

Silvana também comentou que o fato de a maioria dos ministros do STF ter se manifestado, nesta quarta-feira (20), pelo envio à Câmara da nova denúncia contra o presidente Michel Temer. “Em outro momento, eu até ficaria entusiasmada, achando que iria dar em alguma coisa, mas quando a gente vê que vai para a Câmara, penso que a população tem sentimento antecipado de vergonha da atitude que a Câmara vai tomar. Quisera eu que a Câmara dessa vez se manifestasse e realmente votasse pelo menos para investigar e fazer um pouco menos de vergonha ao povo”.

Em aparte, o deputado Ely Aguiar (PSDC) disse considerar que a reforma política vem sendo feita de forma arbitrária. “Vemos que os partidos não se entendem e a vontade dos grande partidos é acabar com os pequenos, tirando deles a possibilidade de estarem no Parlamento e representar as mais diversas categorias”, avaliou. Em relação à decisão do STF sobre as coligações, o deputado acredita que o ministro Gilmar Mendes é quem vai, de forma monocrática, dizer se vai ou não haver coligação partidária. “Pense num país desmoralizado, principalmente o Congresso”, complementou.

O deputado Roberto Mesquita (PSD) afirmou que a Câmara não quer reformar nenhuma, e sim ficar na contramão do que o povo está querendo. “O que querem é manter o que está”, reiterou.

LS/PN

Foto: Máximo Moura
Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa

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