Dep Dra Silvana (PR) |
A deputada Dra. Silvana (PR) pediu, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (10/05), apoio ao líder do Governo na AL, Evandro Leitão (PDT), para fazer tramitar o projeto Escola sem Partido, de autoria dela. De acordo com a parlamentar, a matéria está parada na Procuradoria Jurídica da Casa.
Dra. Silvana explicou que a proposição tem por objetivo disciplinar os conteúdos levados para as salas de aula. Para ela, os professores não podem dizer tudo o que querem no ambiente escolar, daí a necessidade da aprovação dessa proposição pelo Legislativo.
“Vejo alguns professores falando que o conteúdo será prejudicado com a aprovação do projeto Escola sem Partido. Mas isso não é verdade. Não pode é levantar, nas salas de aula, a bandeira do socialismo apenas, como se essa fosse a única vertente. Tem de falar também sobre as virtudes do capitalismo”, argumentou.
A deputada criticou a paralisação da tramitação do projeto na Procuradoria. Ela admite que o parecer jurídico poderá ser desfavorável, alegando que o tema não é de competência da AL. Para ela, no entanto, mesmo com o parecer contrário, o projeto deveria ser liberado para tramitação. “Vou falar com o primeiro secretário, Audic Mota (PSB), para que essa proposição venha a plenário. Quero ver como cada deputado vai se manifestar”, afirmou.
Para Dra. Silvana, a escola é espaço exclusivo para estudar. “A orientação sexual cabe aos pais. A escola não tem nada de interferir na educação, da forma como os pais querem”, acentuou, lamentando o que para ela seria uma tentativa de ignorar os planos Estadual e Federal de Educação.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PP) lembrou que, quando da gestão da ex-prefeita Luizianne Lins, em Fortaleza, da qual era opositor, denunciou a revista "O Farol", que seria distribuída nas escolas de Fortaleza. “Esses conteúdos de sexo seriam levados para a sala de aula. Não sou homofóbico, tenho parentes homossexuais, dos dois sexos. Mas essas coisas não podem entrar em salas de aula”.
Em defesa da ex-prefeita, o deputado Elmano Freitas (PT) lembrou que Luizianne mandou recolher a revista, pois nem tinha conhecimento do conteúdo. “Foi uma atitude concreta. E também, na Prefeitura, ela aprovou lei determinando que haja não apenas uma Bíblia em cada biblioteca municipal, como também outros livros religiosos. Isso demonstra o caráter democrático da então administração municipal”, argumentou.
JS/PN
Foto: Paulo Rocha
Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
Nenhum comentário:
Postar um comentário