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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Dra. Silvana critica STF por suspender instalação de comissão de impeachment

Dep Dra Silvana (PMDB)

A deputada Dra. Silvana (PMDB) criticou, no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (09/12), a ação do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin de suspender, na última terça-feira (08/12), a formação e a instalação da comissão especial que irá analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados.

Referindo-se aos últimos acontecimentos em Brasília, a parlamentar considerou que o País vive em uma ditadura imposta pelo Supremo Tribunal Federal, pois os parlamentos vêm sendo “desmoralizados”, e o desrespeito entre os poderes não é bom para a democracia. “O parlamento é para ser a voz do povo. Ontem, uma maioria foi esmagada por uma canetada. Isso é injusto. Muitas vezes aqui respeitei a vontade de uma maioria, mesmo discordando. É assim que funciona a democracia”, assinalou Dra.Silvana.

Sobre a alegação de que o processo de impeachment seria um golpe, a deputada afirmou que esse tipo de discurso só funciona para quem desconhece a Constituição Brasileira. “Estamos atravessando um momento difícil, mas que é necessário acontecer. Não aceito e não vou me curvar a essa mistura de fatos. A cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o impeachment da presidenta são assuntos diferentes. Golpe é o que a população sofreu quando acreditou em tantas promessas que não se cumpriram”, salientou.

Em aparte, o deputado Tomaz Holanda (PPS) disse que o choque de poderes vem ocorrendo há muito tempo, e que o Supremo Tribunal de Justiça estaria dando mau exemplo. “A Câmara é livre. Se ele está entrando com esse processo, é porque tem motivos para isso. O TCU já não concorda com as pedaladas desde o ano passado, e esse mesmo PT que diz que é golpe, ontem foi ás ruas e clamou pelo fora Collor, fora Itamar, fora Fernando Henrique. Então, por que só agora o Supremo vem interferir?”, questionou.

Já a deputada Rachel Marques (PT) acusou o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, de usar o cargo para adiar as decisões da Comissão de Ética da Câmara.
LA/AT

Foto: Máximo Moura
Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa

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