Dep Dra Silvana (PR) |
A deputada Dra. Silvana (PR) considerou, durante o primeiro expediente desta terça-feira (08/05), que está havendo uma forte repressão do Ministério Público contra as igrejas evangélicas, no que diz respeito ao controle de propaganda antecipada no âmbito das instituições. “O rigor é grande e a fiscalização é pesada”, revelou.
A parlamentar avaliou que essa “perseguição” a favorece, porque as igrejas e as pessoas de fé cristã já conhecem seu posicionamento com relação aos temas considerados polêmicos, como “a inversão de valores que vem acontecendo na última década e a tentativa de esvaziar as pessoas de suas crenças e da sua liberdade de cultuar”.
Para a parlamentar, a nova lei eleitoral tem o intuito de desfazer a bancada política cristã. “Isso é nítido”, afirmou. Porém, ela destacou que a igreja teve mais força quando foi perseguida. “A Bíblia nos orienta a orar pelos perseguidos”, acrescentou.
Dra. Silvana assinalou que o estado laico é o que respeita toda manifestação de fé. Ela lembrou que um caso recente divulgado nas redes sociais mostrou um professor usando camisa defendendo que eleições sem Lula seriam fraude. “Na escola pode manifestação, mas não dentro das igrejas. O Ministério Público fecha os olhos para o que acontece nas escolas”, disse.
A deputada reclamou que casas noturnas fazem barulho durante toda a noite, sem qualquer fiscalização, ao passo que, se for uma igreja, incomoda. “Não suportar a pessoa pelo simples fato de como se conduz no dia a dia é perverso. Representantes de igrejas incomodam o Ministério Público, a Justiça e os compradores de votos”, desabafou.
Sem citar nomes, Dra. Silvana denunciou que há hoje determinadas pessoas que estão sendo citadas como transferidoras de recursos públicos para certos municípios, sem ser político ou ocupar cargo no Executivo. Ela cobra ao Ministério Público que haja uma fiscalização efetiva sobre esse caso. “Prefeitos agradecem verbas a pessoas que não são do Legislativo nem do Executivo. Eu destino verbas através de emendas parlamentares”, afirmou.
De acordo com a parlamentar, já circula uma lista dos candidatos a deputado eleitos em que consta o nome de pessoas que estariam sendo beneficiadas pelo apoio de prefeituras. “Ele indica o preenchimento de diversos cargos no Executivo. Se isso não é utilizar a máquina, o que é? Fiscalização para esse povo não existe”, pontuou.
A deputada explicou que quer uma legislação votada nas casas legislativas, e não decidida pelo Supremo Tribunal Federal. “Quem tem de fazer lei são os deputados. Se corruptos estão lá é porque os eleitores venderam voto. Por isso já pensam até em ditadura. Mas o Congresso representa bem direitinho a população, e os evangélicos não compraram votos. Levantaram a bandeira. São poucos, mas estão de pé”, disse.
Dra. Silvana considerou ainda que, quando há denúncias contra igreja, “aparece Ministério Público até do chão”. A mesma fiscalização, no entanto, não ocorre quando o assunto é “a ideologia de gênero”. Para ela, o Ministério Público é pago para fazer a sua função, sem inclinações políticas.
Em aparte, o deputado Audic Mota (PSB) assinalou que há regras no jogo democrático que devem ser respeitadas. “Pela Constituição, essa pessoa que está se beneficiando de transferências de recursos públicos poderia ser enquadrada por abuso de poder político. Isso não deveria acontecer.”
JS/AT
Foto: Paulo Rocha
Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
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